Nunca se sentiu sozinho no meio da multidão, abandonado por aqueles que julgava serem confiáveis? Nunca mentiu estar bem, mesmo que por dentro se sentisse acabado? Nunca teve vontade de desistir de algo que lhe fazia bem? Nunca amou tanto uma pessoa a ponto de perder o controle? Nunca chorou por não conseguir compreender seus sentimentos? Nunca se culpou por fazer alguém sofrer? Nunca acreditou, mesmo que por um momento, que este mundo está perdido?
Quem de nós nunca quis voltar no tempo e começar tudo de novo? Nunca quis saber como seria sua vida se a própria realidade fosse outra? Nunca desejou tanto um carinho de alguém especial que quando recebeu, pareceu-lhe não ser capaz de suprir suas expectativas? Nunca precisou tanto de alguém a ponto de criar uma ilusão sobre essa pessoa? Nunca viveu um sonho bom com medo que ele acabasse virando um pesadelo?
Pois eu ainda sinto tudo isso, e não pense que é fácil porque não é. A vontade é fugir de tudo, correr de volta para casa, mas muitas vezes não podemos. Então, nós simplesmente nos escondemos atrás de uma casca, guardando dentro do coração o verdadeiro eu, com medo de libertá-lo.
Depois, abaixamos a cabeça para pensar. Alguns até choram, mas minhas lagrimas já secaram há tempo. Em comum, todos aprendem que a palavra nunca, não deve ser usada. Somente após esta tormenta interna, da qual cada um é totalmente responsável, aqueles que forem fortes o bastante para resistir ao resto, erguem a cabeça e continuam andando, levando consigo apenas algumas cicatrizes e fingindo que nada aconteceu.
